Huíla

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Capital Lubango
População 2 819 253 hab. (2018)

Huíla, Cidade Jardim, é famosa pela sua vasta riqueza cultural, natural e  mineral, o seu povo é conhecido como sendo hospitaleiro e acolhedor. Encontra-se no sul de Angola, é constituída por 14 municípios: Caconda,  Cacula, Caluquembe, Chiange, Chibia, Chicomba, Chipindo, Cuvango,  Humpata, Jamba, Lubango, Matala, Quilengues e Quipungo. É uma província com uma geografia bastante acidentada, com as Serras da Chela e da Galangue, bem como os planaltos da Huíla e de Humpata ( Serra da Leba) . 

Economia: A agricultura, a silvicultura e a pecuária são as principais atividades da província que, no entanto, são afetadas, não só pela escassez de população ativa, que se refugiou noutras províncias devido à guerra e à seca, como também pela falta de ferramentas e tecnologias modernas e ainda pela irregularidade e escassez de pluviosidade, que condiciona as produções agrícolas e pecuárias. Na agricultura, produz-se essencialmente algodão, banana, batata, cana-de-açúcar, batata doce, feijão, milho, soja, tabaco, girassol, goiaba, trigo, manga, sisal. A pecuária, que se ressentiu do impacto da guerra, centra-se na criação de gado caprino e bovino. Quanto às riquezas minerais, estas residem sobretudo em ouro, diamantes, caulino, mica, granito negro, urânio, magnésio e água mineral. Na indústria, ocupam lugar de destaque os materiais de construção, a química, o tabaco, a madeira e o mobiliário. As trocas comerciais, que se realizam artesanalmente, em mercados e feiras, estão a ser relançadas por iniciativas de privados. Com enormes deficiências nos sistemas de produção, transporte e distribuição de energia e água e com necessidade de reabilitar os setores da saúde e da educação, o governo provincial tem procurado investimentos financeiros e recursos humanos para a recuperação e desenvolvimento da região, a nível social e económico.

Património Natural: A província possui enormes áreas de preservação ambiental, das quais as mais importantes são o Parque Nacional do Bicuar e a Reserva Florestal do Guelengue e Dongo

Clima: Clima oceânico nas zonas baixas, zonas de maior altitude temperado marítimo. Temperaturas médias acima de 20ºC. 


Localização

Huíla

Huíla
Superfície 79 022 km²
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História

A presença europeia na região começa em 1627, no partir de uma expedição luso-espanhola da cidade de Moçâmedes rumo ao planalto da Huíla, alcançando a Serra da Chela, de onde era possível ver um vasto vale de domínio do soba Calubango, do País de Humbi-Onene. Construção de fortalezas Um dos maiores marcos de colonização da Huíla se deu com a construção da Fortaleza de Alva Nova, em 1682, após um acordo com os Galangues. Entretanto a presença colonial manteve-se tensa até a Guerra de Galangue (1768-1769), onde os portugueses derrotaram o rei Caconda, conseguindo forçar a retomada da Fortaleza de Alva Nova (ou Alba Nova, renomeada para Fortaleza de Caconda). Em meados de 1845, o major João Francisco Garcia deslocou-se do povoado de Moçâmedes para a Huíla, já na qualidade de regente da Huíla, encarregado de instalar um presídio na Huíla.

Fixação colonial definitiva

A fixação colonial veio com duas colônias robustas formadas em terras huilenses, sendo a primeira, de bôeres, denominada Colônia de São Januário em Humpata; liderada por Jacobus Botha, em 1884 contava com 325 bôeres instalados em 60 casas, possuindo 50 carros (wagons) e cerca de um milhar de cabeças de gado bovino. Oficialmente inaugurada em 19 de fevereiro de 1882, seu surgimento se deu com a transferência destes do Cunene para a Huíla, após a Primeira Guerra dos Bôeres, onde 600 famílias rumaram para as terras da Damaralândia, algumas das quais morreram durante a peregrinação, conhecida como as jornadas para as terras de sede (Dorsland Trek). Posteriormente formaram colônia também na comuna de Palanca. Essas colônias, e as demais desenvolvidas, fez surgir um subgrupo étnico chamado de angobôeres.  A segunda onda robusta de colonização ocorreu com a vinda de uma comissão de madeirenses, liderados por José Augusto da Câmara Leme, que decidiram embarcar numa expedição rumo a Moçâmedes e ao planalto da Huíla. Chegaram ao Lubango no dia 24 de dezembro de 1884, onde ficava a antiga ombala dos muílas. Em 19 de janeiro de 1885 é fundada a Colónia Sá da Bandeira, com Câmara Leme sendo nomeando chefe do concelho do Lubango em 19 de fevereiro de 1890, e; comandante militar do concelho do Lubango, com o posto de capitão de 2ª linha, em 19 de outubro de 1890.  Em 2 de setembro de 1901 foi criado, por desmembramento do distrito de Moçâmedes, o novo distrito da Huíla, com sede no Lubango, sendo esta povoação, pelo mesmo decreto, elevada à categoria de vila, com o nome de Vila de Sá da Bandeira.  Em 31 de maio de 1923 o Caminho de Ferro de Moçâmedes chega no Lubango, marcando um período de grande virada econômica para o distrito provincial da Huíla, na medida em que poderia se comunicar de maneira mais eficiente com o litoral.

Guerra de independência e guerra civil

Desde a Guerra de Libertação até à independência de Angola e a subsequente Guerra Civil Angolana, a Huíla foi directamente afectada, ficando livre de combates durante períodos relativamente curtos de tempo. Algumas das maiores batalhas se deram na Mina de Cassinga; ela havia sido abandonada pelos supervisores portugueses e caído em decadência durante a Guerra Civil Angolana. Ocupada pelo Exército Popular de Libertação da Namíbia (PLAN), ala militar da Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO), foi adotada como uma base para ataques insurgentes no Sudoeste Africano, durante a guerra sul-africana na fronteira. Suas bases logo se tornaram um campo de refugiados. As tropas sul-africanas com o apoio da estadunidense lançaram um terrível ataque, no episódio que passou à história como a batalha de Cassinga, onde a maioria dos mortos foram civis. A presença da PLAN e de militares cubanos em Cassinga e no restante da Huíla atraiu a atenção da Força de Defesa da África do Sul, que lançou primeiramente a Operação Savana e depois a Operação Rena. A província ainda foi o local de mais combates, durante a Operação Askari, em dezembro de 1983.



Fonte: Wikipedia 

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Símbolo

Mumuílas

Mumuílas

São um grupo de nómadas africanas, e a sua estética é bastante exótica com os seus colares e panos coloridos.