Moxico

Explorar
Capital Luena
População 854 258 Hab. ( 2018 )

Moxico é a maior província do país e compreende os municípios de Alto Zambeze, Bundas, Camanongue, Léua, Luacano, Luau, Luchazes, Cameia e Moxico. Faz fronteira com a norte com a Republica Democrática do Congo e Lunda Sul a este pela Zâmbia, a sul pelo Cuando Cubango e a oeste pelo Bié.  Os seus principais rios são o Zambeze e o Lungué-Bungo.  O perfil demográfico e populacional provincial é construído principalmente pelas etnias dos chócues e ganguelas, havendo também grupos ovimbundos, lundas e ambundos, além de outros grupos etnolinguísticos menores.

Para chegar á província pode usar o aeroporto de Luena preparado para grandes aeronaves, e os aeroportos de pequenas no Cazombo e Lumbala Nguimbo.  

Economia: As activities predominates são a agricultura, com o fim da guerra civil surgiram alguma atividade industriais, comércio e serviços.  As principais culturas agrícolas são massango, batata-doce, girassol, vielo, arroz, mandioca, milho, citrinos e goiabas.  Na província existe a exploração de pinheiros e eucaliptos, para consumo no mercado Angolano e para exportação. A pesca é uma atividade artesanal, mas com grande abundancia devido aos seus rios e lagoas bem como ao alagamento do território durante o período das chuvas.  Nesta província existe a extração dos seguintes minérios: carvão, cobre, manganês, ferro, diamantes, ouro, volfrâmio, estanho, molibdénio, urânio e lenhite

Património Natural: província encontra o Parque Nacional da Cameia, com 14 450 quilómetros quadrados de área, albergando espécies vegetais e animais e também, as Quedas do rio Luizavo e as quedas do rio Lucula no Muni. Existe também na província a reserva florestal do Katupe  a reserva florestal do Cassai e do Lucusse.

Clima: O clima dominante é o subtropical húmido, com temperatura média anual varia entre os 22ºC e os 24ºC.


Localização

Moxico

Moxico
Superfície 223 023 km²
Ver em Google Maps

História

Antes da efetiva ocupação colonial portuguesa, as terras de Moxico eram território de vários povos bantos, destacadamente das etnias chócue, lunda e ganguela, havendo também algumas frações de lubas. Esses quatro povos começaram a se organizar politicamente no século XVI.

Organização política

A região leste de Angola, assim como parte da República Democrática do Congo e Zâmbia, foi unificada, em 1590, sob a égide do rei Muanta Gandi, que formou o reino Lunda, um poderoso Estado pré-colonial que tinha inicialmente sede em Mussumba, atualmente no oeste da Zâmbia.

O Estado Lunda acabou por tornar-se, no século XVII, o Império Lunda (1º império), que por fim esfacelou-se em vários Estados confederados em virtude de inúmeras guerras pelo trono da rainha Lueji A'Nkonde. O seu principal ente confederado substituto foi Reino Lunda-Chócue, que tinha sede em Luena e zona importante em Saurimo. O próprio Reino Lunda-Chócue costurou a formação de um 2º Império Lunda, em meados do século XIX.

As potências colonias, Bélgica, Grã-Bretanha e Portugal, não aceitaram a formação dessa nova unidade imperial, fazendo diversas incursões militares na região, até que, como resultado da Conferência de Berlim, procederam a divisão definitiva dos lundas, extinguindo-se o Reino Lunda-Chócue.

Colonização

Conhecida inicialmente pelo nome de "região Luvale", o primeiro português que viajou de Benguela para as terras moxiquenses foi José de Assunção e Melo, em missão comercial, em 1794.[2]

A efetiva expedição de ocupação portuguesa só aconteceu em março de 1895, após o tratado que firmou o Protetorado Lunda-Chócue. A missão foi chefiada pelo tenente-coronel Trigo Teixeira. Nesta expedição o militar transferiu definitivamente o Moxico-Velho para aonde está assentada a capital Luena. Um dos últimos reinos da região a ser subjugado por Portugal foi o reino Mbunda, após a derrota do rei Mwene Mbandu Kapova I, em 1914.

Entre o final do século XIX e o início do século XX diversas expedições foram feitas para estudar a área e construir o monumental Caminho de Ferro de Benguela, que marcou profundamente a região, interligando-a definitivamente com o resto da Colônia de Angola.

Formação administrativa

Pelo decreto-lei nº 3365/17, de 15 de setembro de 1917, foi criado o "distrito do Moxico", a partir de território desmembrado do distrito de Benguela, assentando capital na até então chamada "vila do Moxico" (atual Luena).

Período das guerras

Em 1966 o MPLA consegue tomar dos portugueses o Aeródromo de Recurso de Vila Teixeira de Sousa (Luau), abrindo a III Região Militar, que tinha como foco as províncias de Moxico e Cuando-Cubango. A UNITA lança um ataque à base de Luau, porém não consegue a tomar do MPLA. Ao final de 1967 a província já está sob total controle do movimento, dando oportunidade de lançar ataque nas terras das províncias Lundas, no leste do Bié e no Cunene.

Em 1973 a UNITA, com o apoio da Força de Defesa da África do Sul, inicia uma intensa campanha militar no leste, com vistas a tomar as áreas sob domínio do MPLA, conseguindo estabelecer posições em Cangonga, Cangumbe, Chicala, Samafo e Serpa Pinto (Menongue), conseguindo ocupar Luena em 1975, já dentro da Operação Savana, na Guerra Civil Angolana. A cidade permaneceu sob domínio estrangeiro por dois meses.

Em 10 de dezembro de 1975, um mês após a proclamação da Independência Nacional, as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) abandonaram a capital da província do Moxico e recuaram em duas colunas, uma rumo ao Luau e a outra que estabeleceu-se na Buíla. Entre 14 e 15 de fevereiro de 1976, dentro da operação Carlota, que tinha o apoio das Forças Armadas de Cuba, as FAPLA reconquistaram Luena e, até o final de fevereiro, o restante da província.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Moxico

Ver mais

Símbolo

Monumento da Paz

Monumento da Paz

Foi no Luena, que assinou-se o acordo de paz entre as forças do Governo e  da UNITA, a 04 de Abril de 2002