Cunene

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Capital Ondjiva
População 1 121 748 (2018)

Cunene é uma província no sul de Angola, compreende os municípios de Cahama, Cuanhama, Curoca, Cuvelai, Namacunde e Ombadja. A população da província é na sua grande maioria constituída por agropastores, ou seja, grupos étnicos que vivem essencialmente do seu gado bovino, mas apenas em agricultura de subsistência.    Nesta província existe o Parque Natural da Mupa, única área de protecção permanente do Cunene.  Em termos económicos e derivado  ao terreno árido abundante, não é a agricultura que que suporta a economia do Cunene. O comercio e os serviços sim são a principal fonte de rendimento da economia. Na agricultura temporária existente destaca-se o cultivo da melancia, milho, massango, trigo arroz e soja. A norte e graças ao clima oceânico existem culturas de uva e hortícolas, aproveitando também as águas das bacias do Cunene e Cuvelai-Omuramba, além da barragem do Calueque,. Na pecuária prevalece a criação de gado suíno, cabras e aves, bem como a pesca fluvial.  A nível industrial, estes concentram-se na cidade de Ondijiva, especializados em construção civil, alimentos e bebidas, na vila de Santa Clara do Cunene a transformação de diamantes, Uma das fontes de rendimentos da província é a central hidroelétrica do Ruacaná que além de produzir energia para a província do Cunene, produz e comercializa também para as províncias vizinhas e para a Namíbia 

Clima: norte o clima oceânico, o subtropical húmido numa pequena faixa a leste e o semiárido quente no extremo sul.


Localização

Cunene

Cunene
Superfície 78 342 km²
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História

Como em toda a Angola, a população original da província era constituída por coissãs, cujo espaço foi progressivamente ocupado por povos bantos, no decorrer de uma migração que alcançou a região provavelmente entre os séculos XVI e XVII.

Formação de entidades políticas

Devido às suas condições geográficas e ecológicas, esta região nunca chegou a ser densamente povoada. Os cuanhamas tiveram, porém, no século XVIII uma "massa crítica" suficiente para constituir uma unidade política com bastante estabilidade, o Reino Cuanhama.

Ambições coloniais

No século XIX, no quadro da "corrida europeia para África", as áreas ao sul e norte do rio Cunene suscitaram o interesse não apenas de Portugal, mas também da Grã-Bretanha e da Alemanha. Esta última obteve, na Conferência de Berlim, o território da Namíbia de hoje, que a norte tem como limite o rio Cunene. Outra presença europeia de relevo para a região, no sentido de efetiva colonização, se deu na migração de bôeres, nas jornadas para as terras de sede (Dorsland Trek), onde a mesma fez surgir um subgrupo étnico chamado de angobôeres. Portugal, na altura ainda com pouca presença na região, apressou-se a conquistar a área a norte do rio. Para tal teve que empenhar-se na Campanha do Sudoeste da África, somente conseguindo o seu objectivo só em meados dos anos 1910, depois de uma acirrada resistência da parte dos cuanhamas. O facto de o rio Cunene tornar-se assim uma fronteira entre duas colónias pertencentes a duas potências coloniais diferentes não impediu a população ovambo, dividida por esta linha, de continuar a manter laços estreitos com os seus congéneres da respectiva outra margem. Esta ligação se manteve até hoje, com intensidade variável. Guerra da Independência e Guerra Civil Os habitantes da província envolveram-se relativamente pouco na luta pela independência de Angola, mas os cuanhamas conseguiram, na fase final da ocupação colonial, um empenho maior de Portugal no desenvolvimento da sua área, p.ex. pela criação de mais escolas. Porém a região foi relegada à uma extensão da Huíla; esse quadro somente mudou quando ocorreu a desanexação do então distrito da Huíla, a 10 de julho de 1970, fundando-se a província do Cunene, através do decreto 330/70. Para os ovambos existe, desde a década de 1960, um contencioso primeiro com o Estado colonial, depois com o Estado angolano independente, pelo facto de ambos terem permitido a apropriação de extensos terrenos, primeiro por colonos brancos, a seguir por parte de políticos ou militares de alta patente - dado que estes estabelecem cercas de arame em volta das suas possessões, impossibilitando deste modo a transumância, vital para povos agro-pastores. Os graves problemas sociais, económicos e ecológicos daí resultantes são em princípio conhecidos, mas até hoje pouco tidos em consideração pelas autoridades políticas. Ocupação estrangeira Logo após a abertura política em Portugal, o sul de Angola começou a ser alvo do regime sul-africano, no que viria a se tornar a guerra sul-africana na fronteira. Esse período de ocupação militante estrangeira obrigou a retirada da administração governativa de Ondijiva para Matala por oito anos (agosto de 1981 a 1989), seguindo-se a reposição politica administrativa em Xangongo nos finais de 1989. Fim da guerra civil até a atualidade A totalidade dos serviços administrativos foram finalmente transferidos de Xangongo para Ondijiva somente em 2002, quando se inicia a reabilitação de infraestruturas da província. Desde a independência e o final da guerra civil, a população da província encontra-se num processo de integração social e política que varia bastante de grupo para grupo.


Fonte: Wikipedia

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Rei Mandume ya Ndemufayo

Rei Mandume ya Ndemufayo

17º e último monarca do Reino Cuanhama ainda independente